Marketing para o público infantil: como fazer?

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Atualmente, existem diversos estudos sobre marketing, detalhado-o para diferentes públicos. Porém, quando abordamos o marketing para o público infantil, este deve ser muito mais detalhado e cuidadoso. Isto porque estamos lidando com um público mais “frágil”, em relação à maturidade quanto estas relações influenciáveis. 

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Agora, vamos ao que interessa: Marketing para o público infantil

Assim, é preciso dar muita atenção ao marketing infantil pois, apesar dos pequenos não terem poder econômico para efetuarem uma compra, eles influenciam as compras dos adultos.

Quantas vezes os pais já não escutaram frases como “Quero este brinquedo”, após os filhos terem visto uma certa propaganda na televisão? Isto é muito comum, uma vez que as crianças são extremamente influenciáveis. 

Por isso, é preciso saber atrair o público infantil, mas ainda assim, respeitar as restrições determinadas pelos órgãos reguladores da publicidade.

Assim, visto todas estas particularidades referente ao marketing infantil, é preciso aprender a lidar com este público e exercer este marketing da melhor forma possível. Desta forma, confira abaixo como fazer a publicidade para o público infantil.

Como fazer marketing para o público infantil?

Entenda as limitações

Quando se trata de marketing, existem certas limitações para todos os públicos. Entretanto, quando as crianças são o público-alvo, estas restrições aumentam, visto que é um público especial. 

Como as crianças são mais influenciáveis, ou seja, podem ser persuadidas de forma mais fácil, é preciso ter atenção aos meus que serão utilizados para o marketing.

Devido à esta vulnerabilidade, o marketing não pode ser focado no convencimento da criança a adquirir o produto por meios duvidosos. Por exemplo, levando-a a acreditar que, caso este produto seja comprado, ela evitará de ser excluída. 

Também, a propaganda não pode ser apenas um meio de convencimento dos pais, utilizando a criança como canal portador da mensagem. Podemos entender mais sobre essas limitações com o Código de Defesa do Consumidor, artigo 37, parágrafo 2º. Confira-o abaixo:

É abusiva, dentre outras a publicidade discriminatória de qualquer natureza, a que incite à violência, explore o medo ou a superstição, se aproveite da deficiência de julgamento e experiência da criança, desrespeita valores ambientais, ou que seja capaz de induzir o consumidor a se comportar de forma prejudicial ou perigosa à sua saúde ou segurança

Além disso, o Código Brasileiro de Autorregulamentação Publicitária, em sua Seção 11, fala especificamente sobre a publicidade referente ao público infantil, determinando limites para esta. Resumidamente, não deve-se haver anúncios que contenham apelo imperativo, e estes devem prezar pela “segurança e às boas maneiras “.

É importante mencionar que, de acordo com tal código citado acima, é proibida a propaganda que empregue crianças, elementos do universo infantil ou outros métodos, para o público infantil. Ou seja, não podem ser utilizados personagens de desenho, dentre outros, neste nicho de marketing.

Invista no ambiente digital

Atualmente, as crianças e adolescentes, que possuem entre 5 e 15 anos, passam em média 25 horas por mês assistindo ao Youtube, de acordo com o App Guardian. 

Ainda, um estudo realizado pela Viacom, no ano de 2017, expôs que as crianças brasileiras passam 50% mais tempo navegando na Internet do que a média global. 

Ou seja, as crianças brasileiras realmente são muito expostas ao ambiente digital, que está sendo explorado pelas empresas que desejam realizar o marketing digital de forma mais ampla.

Porém, é preciso mencionar que o mundo online possui regras, assim como a rede televisiva. Até mesmo o Youtube foi multado, nos Estados Unidos, por utilizar a sua rede de dados para seccionar os anúncios para crianças. 

Mas, uma vantagem em relação à internet é que ela é um meio de comunicação dinâmico, em que as marcas podem se relacionar com as crianças.

Use as limitações a seu favor

Sim, existem limitações para a publicidade infantil, mas elas devem ser usadas a seu favor. 

Como mencionado no Código Brasileiro de Autorregulamentação Publicitário, nenhum marketing deve conter apelo imperativo de consumo diretamente à criança. Assim, você pode utilizar o adulto responsável pela criança para ser o público-alvo da sua venda. 

Por exemplo, ao invés de fazer uma campanha que diga “Peça ao seu pai este brinquedo educativo”, opte por “Você não gostaria de compartilhar esta brincadeira com o seu filho?”. Ou seja, mesmo que o produto seja infantil, inverta os papéis.

Ainda, reforce os valores sociais positivos, combate ao preconceito e a outras situações consideradas maléficas por meio de seu marketing. Substitua o “Apenas quem possui este brinquedo vai ser incluído na turma!”, por “Nós acreditamos que todos merecem respeito e igualdade, independente de sua cor, religião, etc”. 

Assim, até mesmo os responsáveis pelas crianças valorizarão a sua forma de marketing, por ela agregar valores ao público infantil.

Opte também por se espelhar em marcas que foram bem sucedidas em suas ações de marketing para o público infantil. Por exemplo, a LEGO, que sempre produz um conteúdo incrível. Esta marca, como podemos perceber, investe em imagens que mostram famílias e aventuras.

Todas estas dicas são extremamente úteis para produzir-se marketing para o público infantil. Mesmo que existam limitações, devemos entender que elas foram determinadas para que a publicidade se torna ainda mais criativa e engrandecedora para as crianças.